Estudar no exterior está ao alcance de muitos brasileiros, seja para aprender um idioma, fazer uma graduação ou participar de um programa de ensino médio. Essa experiência pode abrir novas oportunidades profissionais e enriquecer a vida pessoal. No entanto, o processo de vistos e permissões muitas vezes parece complicado e exige atenção para ser concluído com sucesso.
Embora a burocracia possa assustar, com planejamento e informações corretas, cada etapa se torna mais simples. Este guia existe para esclarecer o caminho e ajudar brasileiros a entenderem os passos necessários para estudar fora, não importa o destino escolhido.
Entender as exigências de cada país, preparar a documentação e seguir as orientações certas são essenciais para evitar problemas como atrasos ou recusas. Contar com suporte especializado também faz diferença, pois facilita todo o processo.
Fale com um especialista e receba apoio completo para organizar seu visto de intercâmbio com consultoria personalizada.
Por que entender os vistos é essencial antes de planejar seu intercâmbio
Planejar um intercâmbio sem saber as exigências de visto pode gerar grandes dificuldades. Muitos brasileiros escolhem o destino e o curso antes de verificar os requisitos legais, só para descobrir depois que não se qualificam ou que o processo é mais complexo do que esperavam.
Cada país tem regras próprias para vistos de estudante, com critérios e procedimentos que variam bastante. O que vale para um lugar pode não funcionar em outro, e ignorar isso pode criar obstáculos.
Preparar-se com antecedência, considerando as questões legais, ajuda a evitar surpresas e aumenta as chances de aprovação do visto. Saber os prazos, os documentos necessários e os critérios exigidos permite organizar tudo de forma mais eficiente.
Além disso, o tipo de curso, a duração e a instituição escolhida impactam diretamente o visto e as permissões que você pode receber, como a possibilidade de trabalhar enquanto estuda.
Por isso, o apoio de profissionais experientes é valioso. Eles conseguem identificar problemas antes que se tornem grandes barreiras e sugerem opções que combinam com seus objetivos.
Guia prático: como obter visto e permissões para seu intercâmbio
Passo 1: escolher destino e programa com impacto no visto
Definir o destino e o tipo de curso é o primeiro passo, pois influencia diretamente o processo de visto. Essa decisão não deve ser baseada apenas no que você prefere ou no custo, mas também nas exigências legais de cada país e nas oportunidades que o programa oferece.
Cada nação tem categorias específicas de visto para estudantes, com regras próprias. Um curso de idiomas de um mês, por exemplo, exige trâmites diferentes de uma graduação de anos, mesmo no mesmo lugar.
A duração do programa conta muito. Em Malta, cursos de até 90 dias podem não exigir visto para brasileiros. Já programas mais longos pedem mais documentos e processos detalhados.
A carga horária também é relevante. Nos Estados Unidos, cursos com mais de 18 horas por semana demandam o visto F-1. Cargas menores podem ter outras regras de entrada.
A instituição escolhida faz diferença. Universidades reconhecidas ou escolas de idiomas certificadas podem ter exigências específicas ou até facilitar o processo por meio de acordos com governos.
Nessa etapa, a consultoria especializada ajuda bastante. Profissionais podem avaliar seus planos e indicar combinações de destino e curso que atendam ao que você deseja, simplificando a obtenção do visto.

Passo 2: conheça os principais tipos de visto para estudantes
Saber quais são os vistos disponíveis para estudantes ajuda a identificar a opção certa para seu objetivo. Cada categoria tem características, permissões e condições específicas.
- Estados Unidos: existem três tipos principais. O F-1 é usado para cursos acadêmicos como high school, graduação e inglês intensivo, permitindo trabalho limitado no campus e, após a conclusão, o Optional Practical Training (OPT). O M-1 é para cursos técnicos, sem permissão de trabalho. O J-1 cobre programas culturais, como au pair e estágios.
- Austrália: o Student Visa (subclass 500) é para cursos acima de 3 meses, permitindo trabalho de até 40 horas a cada 15 dias. Familiares podem ser incluídos no pedido.
- Canadá: a Permissão de Estudo, para cursos de mais de 6 meses, autoriza até 20 horas semanais de trabalho durante as aulas e 40 nas férias. Parceiros podem solicitar permissão de trabalho aberto.
- Irlanda: cursos de até 90 dias precisam de visto Categoria C; acima disso, Categoria D, com trabalho de 20 horas semanais no período letivo e 40 nas férias.
- Reino Unido: para maiores de 16 anos, o visto varia conforme o curso, com horas de trabalho definidas pelo oficial de imigração.
- Nova Zelândia: cursos acima de 12 semanas exigem visto de estudante, com trabalho de até 20 horas semanais para maiores de 18 anos.
Essas diferenças mostram como a escolha do visto impacta sua experiência. Optar pela categoria certa desde o início evita complicações futuras.
Passo 3: organize a documentação necessária para o visto
Reunir os documentos corretos é a base de qualquer solicitação de visto. Cada país tem exigências próprias, mas há itens básicos comuns a quase todos os destinos, além de outros específicos.
Documentos básicos:
- Passaporte válido por pelo menos 6 meses além da data de retorno, com páginas em branco.
- Carta oficial de aceitação da instituição, com detalhes do curso, duração e datas.
- Comprovantes financeiros que mostram capacidade de se sustentar no exterior.
- Fotos recentes no formato exigido, certidões de nascimento e antecedentes criminais.
Documentos por país:
- Na Austrália, é preciso Seguro Saúde para Estudantes Estrangeiros (OSHC) e tradução juramentada.
- Nos Estados Unidos, o formulário DS-160 e provas de vínculo com o Brasil são necessários.
- No Canadá, exames médicos podem ser pedidos, além de uma carta com motivos para estudar lá.
Dicas práticas:
- Planeje traduções juramentadas com antecedência, pois levam tempo.
- Confira a validade de todos os documentos antes de enviar.
- Guarde cópias físicas e digitais em locais acessíveis.
- Comece a reunir tudo com 3 a 4 meses de antecedência.
Passo 4: como provar que você tem recursos financeiros suficientes
Mostrar que você tem condições financeiras para se manter no exterior é um dos pontos mais importantes. Países exigem isso para garantir que você não precisará de apoio local nem trabalhará ilegalmente.
Os valores variam por destino. Na Austrália, a média é de AUD 2.043 por mês, cobrindo mensalidades, moradia e despesas diárias. Nos Estados Unidos, os custos dependem da cidade. No Canadá, espera-se cerca de CAD 10.000 a 12.000 para o primeiro ano, além da anuidade e passagem de volta.
Formas de comprovar:
- Extratos bancários de 3 a 6 meses, com saldo suficiente.
- Carta de custeio de um responsável, com comprovantes de renda.
- Documentos de financiamentos ou investimentos acessíveis.
Erros a evitar:
- Não esconda informações sobre sua situação financeira.
- Evite movimentações bancárias suspeitas perto da aplicação.
- Não apresente valores no limite, pois isso pode parecer insuficiente.
Nem sempre a comprovação é exigida para brasileiros, mas tenha tudo pronto caso peçam.
Passo 5: preencha formulários e prepare-se para entrevistas
Formulários preenchidos corretamente e uma boa preparação para entrevistas são decisivos. Erros nessa fase podem atrasar ou impedir a aprovação do visto.
Formulários por país:
- Na Austrália, use o sistema ImmiAccount online, com checklist de documentos.
- Nos Estados Unidos, preencha o DS-160 antes de agendar a entrevista.
- No Canadá, envie tudo pelo portal do governo, acompanhando o status online.
Dicas para formulários:
- Seja honesto em todas as respostas.
- Mantenha informações consistentes entre documentos.
- Salve o progresso ao preencher online.
- Revise tudo antes de enviar.
Preparação para entrevista:
Alguns países, como os Estados Unidos, exigem entrevista. Use roupas formais, chegue cedo e leve todos os documentos organizados. Esteja pronto para explicar por que escolheu o destino, como vai pagar os estudos e seus planos futuros. Mostre confiança e conhecimento sobre o curso e a cidade.
Passo 6: entenda os prazos de processamento do visto
O tempo para processar um visto varia entre países e depende de fatores como época do ano e demanda. Conhecer esses prazos ajuda a planejar sua viagem sem imprevistos.
Tempos médios:
- Austrália: 4 a 12 semanas, mais lento em períodos de pico.
- Estados Unidos: dias a semanas após a entrevista, com maior demora em alta temporada.
- Canadá: 4 a 12 semanas, podendo ser mais rápido em programas específicos.
- Reino Unido e Irlanda: 3 a 8 semanas, mais curto para cursos rápidos.
Dicas para agilizar:
- Comece o processo com 3 meses de antecedência ou mais.
- Acompanhe o status pelo portal oficial.
- Responda rapidamente a pedidos de mais informações.
- Tenha flexibilidade nas datas de viagem.
Após a aprovação, verifique todas as informações no visto e guarde cópias. Fale com um especialista para não perder nenhuma etapa e ter suporte durante a solicitação.
Passo 7: permissões de trabalho para estudantes no exterior
Trabalhar durante o intercâmbio é uma chance de ganhar renda, experiência profissional e contatos no país. Cada destino tem regras próprias que precisam ser seguidas para evitar problemas com o visto.
- Canadá: até 20 horas por semana nas aulas e 40 nas férias. Parceiros podem ter permissão de trabalho aberto.
- Austrália: 40 horas a cada 15 dias no período letivo, sem limite nas férias. Familiares também podem trabalhar.
- Estados Unidos: F-1 permite trabalho no campus e OPT após formatura; M-1 não autoriza trabalho.
- Irlanda: 20 horas semanais nas aulas e 40 nas férias com visto Categoria D.
Dicas para trabalhar:
- Confira as regras específicas do seu visto.
- Registre suas horas trabalhadas para seguir os limites.
- Priorize os estudos acima do trabalho.
Comparativo: vistos e permissões de trabalho por país
Para ajudar na escolha do destino, veja abaixo uma comparação dos requisitos de visto e permissões de trabalho nos principais países de intercâmbio.
|
País |
Tipo de visto principal |
Permissão de trabalho para estudantes |
Observações |
|
Austrália |
Student Visa (subclass 500) |
Sim (40h/15 dias letivos) |
Cursos > 3 meses, familiares inclusos |
|
Canadá |
Permissão de Estudo |
Sim (20h/semana aulas, 40h/férias) |
Cursos > 6 meses, permissão para parceiros |
|
Estados Unidos |
F-1 (acadêmico)/M-1 (técnico)/J-1 (cultural) |
Limitado (campus ou OPT para F-1) |
Varia conforme tipo de visto |
|
Irlanda |
Categoria D (longo prazo) |
Sim (20h/semana aulas, 40h/férias) |
Cursos > 90 dias |
|
País |
Tempo processamento médio |
Comprovação financeira mínima |
Visto para família |
|
Nova Zelândia |
4-8 semanas |
NZD 1.250/mês |
Disponível |
|
Reino Unido |
3-8 semanas |
£1.023/mês (Londres), £821/mês (outras) |
Para cursos longos |
|
Malta |
2-4 semanas |
€500/mês |
Limitado |
|
França |
2-4 semanas |
€615/mês |
Disponível |
Essa tabela mostra as diferenças entre destinos. Canadá e Austrália oferecem mais flexibilidade para trabalho e inclusão de familiares, enquanto Malta e França têm processos mais rápidos e custos menores.
Escolha considerando tanto os requisitos de visto quanto seus planos acadêmicos e pessoais, como trabalho, custo de vida e tempo de espera.
Erros frequentes na solicitação de vistos e como evitá-los
Ter um visto recusado pode ser frustrante, mas muitos problemas são evitáveis com preparação. Conhecer os erros comuns é o primeiro passo para garantir a aprovação.
Documentação incompleta: comprovação financeira insuficiente é uma causa comum de recusa. Revise tudo antes de enviar e use um checklist para garantir que nada falte.
Falta de vínculo com o Brasil: oficiais precisam acreditar que você voltará após o curso. Mostre laços fortes, como emprego ou família, e explique seus planos no Brasil.
Visto errado: solicitar a categoria inadequada leva à recusa. Pesquise as regras do destino e busque orientação para escolher corretamente.
Informações inconsistentes: mentir ou omitir dados pode barrar futuras tentativas. Seja sempre honesto, mesmo sobre situações delicadas.
Preparação ruim para entrevista: vá pronto para explicar suas escolhas e planos. Pratique respostas e conheça detalhes do curso e destino.
Timing errado: pedir o visto muito tarde ou cedo causa problemas. Planeje enviar a solicitação entre 3 e 6 meses antes do curso.
Conclusão: realize seu intercâmbio com suporte especializado
Obter um visto para estudar no exterior não precisa ser um desafio impossível. Este guia mostrou que cada país tem suas particularidades, mas com planejamento e atenção aos detalhes, o processo se torna mais claro.
Começar com antecedência, entre 3 e 6 meses, dá tempo para organizar documentos e corrigir eventuais falhas. Ser preciso e honesto em todas as etapas evita atrasos e recusas.
O STB é referência em educação internacional e programas de intercâmbio no exterior em vários países. O STB orienta alunos a partir dos 12 anos de idade com programas de férias, high school, esportes e idiomas, passando por programas para universitários entre 18 e 25 anos e alunos acima de 30 anos que precisam desenvolver novas habilidades acadêmicas como cursos de graduação, pós-graduação e cursos rápidos.
O STB fornece consultoria individualizada com atendimento presencial e/ou online, feita por consultores especialistas que já participaram dos programas oferecidos e conhecem as escolas internacionais e estão sempre em treinamento no exterior.
Seu sonho de estudar fora está mais perto do que imagina, mas exige um planejamento bem feito. Os consultores do STB acompanham cada etapa, desde a escolha do curso até o embarque, garantindo que tudo seja bem organizado.
Fale com um especialista agora e dê o primeiro passo para sua experiência internacional. O STB oferece suporte personalizado para simplificar a burocracia do visto.
Perguntas comuns sobre vistos para intercâmbio
Cursos curtos exigem visto?
Depende do país e da duração do curso. Em Malta, brasileiros podem estudar até 90 dias sem visto. No Canadá, cursos curtos podem pedir apenas visto de visitante. Nos Estados Unidos, mais de 18 horas semanais sempre exigem visto de estudante. Verifique as regras do destino para confirmar.
Posso mudar de visto estando no exterior?
Mudar o tipo de visto no exterior é difícil e, em alguns casos, proibido. Na Nova Zelândia, certos vistos não permitem alterações. Nos Estados Unidos, é possível em situações específicas, mas com muita burocracia. Planeje bem para solicitar o visto certo desde o início.
Com quanta antecedência devo pedir o visto?
Comece o processo 3 a 6 meses antes da viagem. Na Austrália, o processamento leva de 4 a 12 semanas. Nos Estados Unidos, considere o tempo para agendar entrevistas. Essa antecedência ajuda a resolver imprevistos e reunir toda a documentação.
Todo visto de estudante permite trabalhar?
As regras variam. Canadá e Austrália permitem trabalho com limites de horas. Nos Estados Unidos, apenas o F-1 autoriza trabalho no campus. Na Irlanda, vistos de longo prazo liberam trabalho, mas os de curto prazo não. Confira sempre as condições do seu visto para evitar problemas.
Se meu visto for recusado, posso tentar de novo?
Uma recusa não é o fim. Identifique o motivo da negativa, como documentação fraca ou falta de vínculos com o Brasil, e corrija o problema antes de reaplicar. Muitos conseguem aprovação na segunda tentativa com ajustes e suporte especializado.




